O próprio Cristo era muito mais “negativo” do que eu tenho ousado ser. Ele admoestava constantemente sobre o julgamento e o inferno; denunciava o pecado, exigia arrependimento, censurava os líderes religiosos e os acusava de serem hipócritas, sepulcros caiados, cegos guiando cegos e tolos. Sem dúvida, Ele seria banido da maioria dos púlpitos cristãos de hoje!
O Sermão do Monte não objetiva fortalecer a “auto-estima” de pessoa alguma. Ele encoraja a ser pobre de espírito, a se lamentar e ser humilde e misericordioso e promete aos que são sinceros a Deus e à Sua Palavra que eles serão odiados, perseguidos e injuriados (Mateus 5). Ora, Jesus não disse: “Não julgueis para que não sejais julgados?” (Mateus 7:1). Não é, portanto, antibíblico acusar um líder cristão ou qualquer um que esteja errado? Ao contrário, Cristo apenas quis dizer que não devemos julgar os motivos, pois Ele nos disse claramente para julgar os ensinos e as vidas: (versos 15-20). Certamente Ele estava nos convocando a julgar as falsas doutrinas e ações.
Quando Paulo exortou Timóteo a “pregar a palavra”, ele explicou que, para fazê-lo, Timóteo deveria “redarguir, repreender, exortar, com toda a longanimidade e doutrina”. Ele apressou Tito a censurar fortemente o pecado (Tito 1:10-13). Ele disse a Timóteo: “Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor” (1 Timóteo 5:20).
É claro que essa reprovação exige um julgamento que não viole a proibição de Cristo, mas, de fato, Ele ordenou que os apóstolos a praticassem - um julgamento que Satanás odeia, porque desmascara suas mentiras.
[Excerto do artigo intitulado A Verdadeira Obediência a Cristo e à Sua Palavra, de Dave Hunt, publicado em
http://biblioteca-evangelica.blogspot.com.br/2012/08/a-verdadeira-obediencia-cristo-e-sua.html]